terça-feira, 25 de março de 2014


Os partidos políticos não representam o povo e

muito menos a si mesmos


Facções de políticos é como poderíamos denominar os fatiados partidos políticos brasileiros. Tirando as extremaduras direitonas e esquerdonas, ambas atoladas no primitivo passado, e impossível e inexequível presente e futuro, o resto inteiro se fragmenta e se subfragmenta numa questão que não é nem filosófica, ideológica ou epistemológica, e muito menos pedagógica. Não querem de fato o bem da nação. Não colocam o país no centro das mesas das decisões. Não reúnem, nem ponderam os macro setores econômicos e sociais do Brasil para governar com lucidez e a voz da razão, movimentadas pelas justas emoções humanas. 
Totalmente ao contrário, a única luz que os rege é a aura negra e cósmica dos seus nanoegos. Sim, as facções, os retalhos facciosos da colcha disforme da categoria política nacional é movida única e exclusivamente pelo etanol dos seus nanoegos. Panos de fundo existem muitos e simplesmente são usados como bandeiras oportunistas da hora e da moda. Meio ambiente, questão indígena, reforma tributária, diplomacia internacional, Petrobras, portos, infraestrutura, educação, saúde, atração ou fuga de capitais internacionais. Minha Casa Minha Vida, a Copa do mundo é nossa, com brasileiro não há quem possa (dizia a ótima música do passado), ou, então, 90 milhões em ação pra frente Brasil e etc… Agronegócio versus agricultura familiar e por aí vai e vamos todos. 
Seguimos num arrasto de ingovernabilidade, pois o Brasil não precisa de inimigo externo. Temos em abundância e exuberância inimigos internos pululando aos borbotões num caldeirão infindável de mais e mais manifestações, sejam elas ruidosas, silenciosas, blackblockianas, mas perigosamente e indiscutivelmente extremamente mais poderosas aquelas anônimas da alta elite e daqueles que tem os cargos, a liderança legítima e não a executam em nome do país, e sim em nome primeiro do comprometimento com o nanoego que o dirige e com uma micronebulosa de outros nanoegos partidários e militantes.
Tem exceções? Sim, existem honrosas exceções. Precisa vasculhar como agulha no palheiro. Mas fazendo valer a lei de Pareto, com certeza podemos extrair dessa massa nanoegoística de 10 a 20% com algum olhar mais generoso, seres humanos mais elevados. E não se iluda, não é trocar o velho pelo novo. A conta pode dar trocar 6 por meia dúzia ou até piorar mais ainda. Uma lavagem no Legislativo inicia pela busca desses 20% honrados e comprometidos com o Brasil. E , no Executivo, vamos votar naquele que tiver uma campanha onde o Brasil esteja em primeiro lugar, muito acima dos partidos, das facções e de falsos panos de fundo ilusórios.
Fonte: http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/cabeca-de-lider/2014/03/25/os-partidos-politicos-nao-representam-o-povo-e-muito-menos-a-si-mesmos/

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